Pérolas do Carlos









Come a little bit closer que eu quero te contar.
 Carlos Moraes

Olá! Aqui vamos nós em nossa missão de sugerir canções de amor. Você já deve estar sabendo que tudo isso é por causa de junho, namorados, friozinho, Santo Antonio e assim vai.

Como falamos sobre Cole Porter no último Pérolas, achei que seria bom começar de cara com um grande letrista brasileiro. Fácil, Chico Buarque; não, difícil, penso que o Chico tem poucas canções declaradamente de amor, daquelas de quem se dirige à pessoa amada diretamente (aceito sugestões). As histórias de amor chicobuarquianas quase sempre são de quem está se redimindo ou se resignando, nunca o “amor é lindo”. Tem sempre alguma tensão. Quando escreve uma Morena de Angola fica um dilema: “será que ela mexe o chocalho ou o chocalho é que mexe com ela?”.
Bem, mas vamos sugerir uma, pois a lista não pode ficar sem Chico:

Sem Fantasia
Vem meu menino vadio / Vem sem mentir pra você / Vem, mas vem sem fantasia / Que da noite pro dia / Você não vai crescer. Vem, por favor, não evites / Meu amor, meus convites / Minha dor, meus apelos / Vou te envolver nos cabelos / Vem perde-te em meus braços / Pelo amor de Deus.
Vem que eu te quero fraco / Vem que eu te quero tolo / Vem que eu te quero todo meu.
Ah, eu quero te dizer / Que o instante de te ver / Custou tanto penar
Não vou me arrepender / Só vim te convencer / Que eu vim pra não morrer / De tanto te esperar.
Eu quero te contar / Das chuvas que apanhei / Das noites que varei
No escuro a te buscar / Eu quero te mostrar / As marcas que ganhei / Nas lutas contra o rei / Nas discussões com Deus.
E agora que cheguei / Eu quero a recompensa / Eu quero a prenda imensa / Dos carinhos teus.

Cantou junto? - claro que com a voz da Bethânia, muita cena, muito drama, brilho nos olhos, senão não tem graça.
Agora, pra tranquilizar corações, vamos de Neil Young. Este já fez rock de peso, mas esta é uma balada infalível – uma graça, um sucesso. Taí uma verdadeira canção de amor e o que esperar de um convite para se dançar ao luar?!  Uhu! O clipe é uma delícia. Ele canta, dança - coisa de gente feliz. E, aqui está a boa idéia: que tal colocar esta música e convidar seu amor pra dançar?
Harvest Moon
Come a little bit closer / Hear what I have to say / Just like children sleepin' /We could dream this night away.
But there's a full moon risin' / Let's go dancin' in the light / We know where the music's playin' / Let's go out and feel the night.
Because I'm still in love with you / I want to see you dance again  Because I'm still in love with you / On this harvest moon.
When we were strangers / I watched you from afar / When we were lovers / I loved you with all my heart.
But now it's gettin' late / And the moon is climbin' high / I want to celebrate / See it shinin' in your eye.
Because I'm still in love with you / I want to see you dance again / Because I'm still in love with you / On this harvest moon
Você já deve ter notado que o que escrevo é pra ler e ouvir e, até mesmo, ver, senão não é música e, quase sempre, a letra fica sem graça sem a música. Aqui está como ver Harvest Moon:
1 – Comece pelo vídeo do Neil Young ao vivo no Unplugged MTV 1993 (com tradução) e atenção pro Larry Cragg tocando “broom” vassoura. O Larry é amigão do Neil desde os anos 60, colecionador de guitarras, essas coisas. O backing vocal fazendo uuuhhh também é demais e ... só vendo.
2 – Agora veja o clipe da música. Num bar, o Neil com uma banda de cabeludos (visual nota 10), o corinho faz uuuhhh, ele dança, toca, todo mundo dança feliz, a câmera passeia pelo salão – eu queria estar lá. Que delícia! E preste atenção, sabe quem tá varrendo o bar? – ele mesmo, o Larry Cragg!
3 – Agora veja aquela cena do filme Comer, Rezar, Amar (Eat, Pray, Love) no momento em que toca Harvest Moon.
4 – Como falamos em pérolas, que tal um Pearl Jam? Sim, também tem num show bem bacana. Atenção, de novo, pro backing vocal, que quando elas falam “harvest moon”, levantam a mão como se a lua estivesse subindo – ficou uma gracinha – só isso vale o clipe.
5 – E, finalmente, Cassandra Wilson cantando uma versão introspectiva, misteriosa. A Cassandra, cantora de jazz, dá sua versão muito especial, cheia de pios e barulhinhos (por Dougie Bownie que já tocou até com Marisa Monte). Foi no disco dela que eu descobri Harvest Moon – New Moon Daughter - 1995. Depois conheci a lua do Neil Young.
Cassandra Wilson Harvest Moon



Carlos Moraes gosta de baladas que falam de amor. Quando ouve essas coisas sai dançando na sala, sozinho, porque sua parceira não quer pagar esse mico.
peroladc@yahoo.com.br

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De novo, aquela velha canção de amor
Carlos Moraes

Olá, aqui estamos nós já no mês de junho. E como eu gosto de datas, estou agora focado no dia dos namorados. Tem gente que acha essa coisa de data cafona, ultrapassada, coisa de comércio e emenda – “dia dos namorados é todo dia” e logo se toca que até essa frase também é bem tosca.
Então, só nos resta a bela missão de falar de músicas para o dia dos namorados.  Acho que você já deve estar cantando “All of a sudden my heart sings” do Paul Anka ou, se não for tão tiozinho ou tiazinha assim, serve o “A de amor, B de baixinho, C de coração” porque qualquer maneira de amor vale a pena; pena, que pena, que coisa bonita!

Nestes dias que antecedem esta linda data, vou propor algumas canções para, quem sabe?, uma trilha sonora para o dia 12 de junho. Você pode gravar para fazer um clima ou ensaiá-las e fazer um recital para quem você ama. Esta você não tinha pensado, né mesmo? Tenho certeza que ele/ela dirá: “amor, você não existe!”. Mas..., vamos trabalhar.

Primeiro uma brasileira. É fácil encontrar no repertório do Lulu Santos canções de amor. Tem muitas, ele se especializou nisso e eu gosto de muita coisa que ele faz. Pra hoje, uma dele e do Nelson Mota. Acho que essa não pode faltar e acredito até que você, como é o meu caso, já cantou, tocou ou gravou para a pessoa amada esta simples canção de amor.

Apenas mais uma de amor

Eu gosto tanto de você / Que até prefiro esconder / Deixo assim ficar
subentendido / Como uma idéia que existe na cabeça / E não tem a menor obrigação de acontecer.
Eu acho tão bonito isso / De ser abstrato baby / A beleza é mesmo tão fugaz / É uma idéia que existe na cabeça / E não tem a menor pretensão de acontecer.
Pode até parecer fraqueza / Pois que seja fraqueza então / A alegria que me dá / Isso vai sem eu dizer / Se amanhã não for nada disso / Caberá só a mim esquecer / O que eu ganho, o que eu perco / Ninguém precisa saber

Apenas mais uma de amor está no disco Mondo Cane de 1992 e até hoje o Lulu a canta e as 2000 pessoas que estão no show fecham os olhos, balançam a cabeça e cantam juntas. É puro êxtase.

Agora um americano, Cole Porter, um também especialista em canções de amor, com pitadas de ironia. Este nunca compôs musiquinhas passageiras. Tudo de Cole Porter é extremamente sofisticado e criativo e foi direto pro American Songbook. Pra defini-lo serve o título de uma música dele - You’re the top. nat king cole & ella fitzgerald - you're the top
A de hoje é de 1936 que ele compôs para um musical da Broadway - Red, Hot and Blue. Centenas de gravações, como de Rosemary Clooney, Johnny Mathis, Dinah Shore, Mel Tormé, Sarah Vaughan e a versão de Ella Fitzgerald que acho que é a mais, mais, mais.

It's De-Lovely

The night is young, the skies are clear / So if you want to go walking, dear, / It's delightful, it's delicious, it's de-lovely.
I understand the reason why / You're sentimental, 'cause so am I,
It's delightful, it's delicious, it's de-lovely.
You can tell at a glance / What a swell night this is for romance,
You can hear dear Mother Nature / Murmuring low, / "Let yourself go!"
So please be sweet, my chickadee, / And when I kiss you, just say to me,
"It's delightful, it's delicious, / It's delectable, it's delirious, / It's dilemma, it's delimit, it's deluxe, /
It's de-Lovely".

O poeta e tradutor Carlos Rennó, no livro Cole Porter Canções, Versões (1991) criou uma versão bem interessante para essa poesia cheia de invenções e de aliterações (opa, onde andará minha professora de português?).

Que De-Lindo

A noite vem, o céu reluz / Se um passeio já nos seduz
Que deleite, que delícia, que de-lindo!
Eu sei o que você, meu bem / Está sentindo, pois eu também
Que deleite, que delícia, que de-lindo!
É a vida quem quer / E convida a viver um affair
É o bom som / Da mãe natureza que diz: / “Seja feliz”
Então, amor, me diga, sim / A cada beijo, até o fim:
“Que deleite, que delícia, / Que delíquio, que delírio,
Que dilema, que delito, que dilúvio /
Que de-lindo!”

Ouça Que De-Lindo na voz de Caetano Veloso, no disco Cole Porter, George Gershwin - Canções, Versões. 2000.

Vou continuar sugerindo canções em junho. Qual é a sua canção de amor? Me manda um e-mail e conta sua história. Vamos colocá-las nas Pérolas do Carlos. Vai ficar que de-louco!


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E os meus olhos ficam sorrindo

Carlos Moraes

Olá meus leitores. De cara umas pequenas e rápidas questões:
E a vida? E a vida, o que é, diga lá meu irmão. Ela é a batida de um coração? Ela é uma doce ilusão, ê ô?
O que é ser feliz? O que é fundamental e essencial pra você? O que é simples desejo ou mera necessidade? Fácil, extremamente fácil. Você deve ter respondido a estas questões rapidamente com cara de tédio (ar blasé). Você pensa, só falta ele perguntar: você tem sede de que? Você tem fome de que?...

Às vezes um discreto encontro, inesperado, conhecer alguém sem pretensão, um “oi, tudo bem?” pode acabar respondendo a algumas das questões acima ou, revirar nossa cabeça com outras tantas perguntas.

Conhecemos muitas canções sobre o primeiro encontro, o primeiro olhar. Neste momento você já deve até estar cantando aquela canção. Quando o tema é olhar ou coisa do gênero, dá pra enfileirar várias canções, sem respirar. Quando acabar de ler isso tudo, você pode pegar papel e lápis e escreve as dez músicas. Quando acabar grita “stop!”.

Tem aquela canção que me assombra um pouco: “um olho cego vagueia procurando por um”, mas tem coisa interessante: “foi assim como ver o mar, a primeira vez que meus olhos se viram no seu olhar”.

A pérola de hoje não é um disco, é uma música: “O que é amar”, composição do Johnny Alf. Esse cara não gravou coisinhas banais - ninguém vai ligar pra rádio e oferecer pra amiguinha uma música dele. Tudo é muito fino, sofisticado, quase nada popular.

O que é amar está no disco Nós de 1974. Neste, Simon Khoury, o produtor, convidou amigos de Johnny para compor (Egberto Gismonti, Paulo César Pinheiro, Ivan Lins, Gilberto Gil, Gonzaguinha, Milton Nascimento) e tocar (Egberto Gismonti, Paulo Moura, Wagner Tiso, Toninho Horta, Maurício Einhorn e muitos etecéteras) e assim se formou o Nós – “um seleto grupinho de amigos”.

O disco abre com Saudações do Gismonti e Paulo César Pinheiro que é bonita e que podemos falar sobre ela outro dia. Quatro anos depois Egberto a regravou no disco Nó Caipira e acabou! – esta, sim, maravilhosa!

O que é amar é a segunda faixa do elepê (lembrou do texto anterior?) e a que se tornou a mais conhecida do disco. Letra e música de Johnny Alf. Fala de um momento, um certo olhar, e... que coisa bonita hein?!

A letra é direta, fala pouco e este é um de seus grandes méritos. Ela se propõe a responder o que é amar – pergunta que normalmente acompanha todas aquelas outras no começo deste texto. As inquietações de quem é simplesmente humano. E ele responde de uma maneira linda - linda e simples.

Agora chega de tentar dissimular e disfarçar e esconder. Esqueça aquela relação complicada e perfeitinha. Aqui menos é mais.

O Que É Amar
(Johnny Alf)

É só olhar, depois sorrir, depois gostar
Você me olhou, depois sorriu, me fez gostar
Quis controlar meu coração
Mas foi tão grande a emoção
De sua boca ouvi dizer, quero você
Quis responder, quis lhe abraçar, tudo falhou
Porém você me segurou e me beijou
Agora eu posso argumentar
Se perguntarem o que é amar
É só olhar, depois sorrir, depois gostar.

Música suave, com belo arranjo de Egberto Gismonti (esse cara sabe tudo). Johnny Alf canta de uma maneira despojada, com sua voz de semitons. Se eu cantar assim vocês vão dizer que eu desafino, mas ele pode, isto é bossa nova, isto é muito natural. Aqui tudo se integra: letra, melodia, harmonia, ritmo, interpretação. Os instrumentos não fazem solo, ninguém se destaca e a voz é apenas mais um instrumento.
O que chega até nós é algo muito simples, delicado e complexo. Será que isto não responde também o que é amar?


Quer ouvir O que é amar?

Este disco foi relançado em cd, mas o Augusto do blog Toque Musical digitalizou o elepê e o disponibilizou para download com capa e encarte.
O que é amar tem gravações também da Simone, Leila Pinheiro e até uma versão black da Sandra de Sá (opa?!).
Na dúvida mande comentários ou escreva para

Carlos Moraes gosta de música, adora falar sobre música, mas fica confuso se lhe perguntam o que é amar.




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Carlos Moraes

Olá meus leitores de primeira viagem. Logo de cara vocês devem estar achando alguma coisa desse nome “Pérolas do Carlos”. Eu também achei “um sei lá o quê” quando o Fernando me convidou para escrever sobre música e já trouxe o nome – pronto, tá aqui! Um nome; lembra algo antigo, ficou moderno. Eu gostei!
“Pérolas” me lembra tempos que lá se vão, quando era coisa séria ouvir programa de rádio. Eu ouvia com muita atenção programas como Turbilhão de Sucessos, Pérolas do Nosso Cancioneiro, Sucessos de Ontem e de Hoje, Um Piano ao Cair da Tarde, A Era de Ouro da Orquestras. Tudo muito chique, nada de “o que cê foi fazer no mato Maria Chiquinha”.
Aqui, pérola, como o próprio Fernando sugeriu, pode ser, por exemplo, algo novo, encontrado por aí, no “maravilhoso mundo da música” (tinha um programa com esse nome também).
Portanto, chega de conversa. O nome é novo, Renato Godá e seu disco Canções Para Embalar Marujos de 2010.
No primeiro momento o que me chamou atenção foi o nome do disco que, convenhamos, é bem interessante e se destaca de tantos outros nomes assim, assim.  No ato pensei – “será que ele gravou alguma coisa do Kurt Weill, aquele que fazia canções pras óperas do Brecht?” Nestas sempre apareciam marinheiros, bêbados, prostitutas. Ouvi e gostei. Um disco diferente das coisas novas que eu vinha ouvindo. Mas, não é Kurt Weill, mas é quase. Renato Godá criou seu próprio mundo de canções que nos remetem também mesa de bar, uísque, fumaça e... àquela garota por detrás do balcão, batom, decote, perfume barato, cigarro, um olhar de mistério. A voz dele é de quem fuma e bebe - e isto costuma dar coisa boa em música.
Os arranjos surpreendem, com direito a banjos, aquele acordeon que remete àquela chanson d’amour, um teclado anos 60 e uma banda bem afiada. Se você já ouviu, gostou de Tom Waits, Serge Gainsbourg e Leonard Cohen, este é o cara que você procurava - já temos o nosso bardo de fim de noite. Renato Godá não canta alto - fala ao pé do ouvido, sussurra, declama, faz um baita clima, um tipo voz grave. No disco caberia uma legenda: “liberado para ser ouvido após as 22 horas (levemente embriagado)”. Aliás,  deveria ter sido gravado em elepê, com direito àquele chiado. Tom Waits fez mais ou menos isto, um disco de 1987 com sonoridade de 1940 e o resultado é excentricamente belo, Franks Wild Years. Os quatro, Gainsbourg, Cohen, Waits, Godá foram, muitas vezes, fotografados em branco e preto, fumando.

Nos anos 80, quando eu acompanhava algumas gravações da vanguarda paulistana, acreditávamos que na segunda, terceira ou penúltima faixa deveria ser colocada uma surpresa pro ouvinte, algo um pouco diferente das outras faixas. Pois é, o Renato na segunda faixa, colocou sua surpresa; regrava Nasci para Chorar, aquela do Roberto Carlos, uma versão de um sucesso do Dion & The Belmonts (1962). Aqui ele não é o conquistador, ele apenas “diz adeus porque é hora de chorar”. Só pra lembrar - o Fagner em seu primeiro disco, Manera Frufru Manera (1973) também colocou uma releitura de Nasci Para Chorar na segunda faixa. Mas, claro, esta informação não serve pra nada!

Renato já se explicou como: "um escritor de músicas endiabradamente românticas".  Ou, como ele diz na Canção de Um Velho Marujo – “Pra alguns já fui herói, pra outros fui ninguém. Só Deus sabe que fiz o diabo
pra lhe conhecer”.

Sempre achei que para uma boa música nem sempre é fundamental uma boa letra, mas, Canções Para Embalar Marujos é letra e música. Um disco cheio de citações, só pra gente ficar se achando bacana: “olha aí, eu conheço isso, de onde é mesmo?” Já vou contar uma, sem estragar a brincadeira – na faixa “Eu Sei” a introdução na guitarra é Wonderful Tonight do Eric Clapton (Eu Sei -Studio SP) “Eu sei que o homem-bala voa, que a trapezista voa e o tempo ainda é pior”– papo de fanático. Minha preferida? Todas, num disco com canções bem costuradas. Talvez Chanson D”Amour (renato godá e barbara carlotti chanson d'amour).

Renato Godá: teatral, climático, irônico, sombrio, romântico, amargo, espirituoso, peculiar, com estilo.
Canções de Embalar Marujos - um disco; lembra algo antigo, ficou moderno.  Eu gostei!



Para quem quer mais:

Na revista Bravo, junho 2010



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Carlos Moraes é um paulista morando em Tiradentes, formado em Artes na Belas Artes SP, pensa música, sonha música, acorda música, vê música, tropeça música, devora música, adora música, odeia música, às vezes blue, às vezes frevo, às vezes chorinho, às vezes rock’n roll, às vezes baden, às vezes jimmy, às vezes...silêncio.perolasdc@yahoo.com.br

4 comentários:

  1. Demais, Carlos! Adorei o texto e a sugestão de conhecer o Godard, ops, não, Godá! Abraço.

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  2. Ô Cláudia, do jeito que esse cara gosta de referências ao mundinho cult, ele deve adorar esse seu "Godard". Numa música ele fala: "Ela pensava: de novo é amor / Relendo passagens de Michel Focault". Chic né?
    Um disco pra valer, gravado ao vivo no estúdio em dois dias. Abraço!

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  3. Chic demais, vou procurar o disco! Abraço.

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  4. Carlos,
    Obrigada pelo texto, muito bom como o outro! Também vivo a perguntar o que é amar, mas basta amar prá se saber, apesar de não se conseguir explicar.... Tudo de bom. Abraço.

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